Resultados do Estudo




Resultados

> Os resultados demonstram que a Campanha SMS-Estigma teve um efeito positivo nas opiniões dos estudantes acerca das Doenças Mentais, principalmente as sessões de educação e contacto.

> Verificou-se uma diminuição nas atitudes estigmatizantes face à doença mental do 1º Momento ao 2º Momento de Avaliação, sobretudo no grupo que participou nas sessões de educação e contacto.


> Estudantes aumentaram competências na identificação dos sinais / sintomas relacionados com doença mental tanto no próprio como em pessoas próximas significativas.



> Avaliação da sessão por parte dos estudantes aponta para a necessidade de haver mais iniciativas como esta para que possam experimentar mais informações / contacto com a Saúde / Doença Mental.
> Verificam-se resultados positivos no que concerne os efeitos da sessão, pois promovem comportamentos de maior aproximação.



Conclusões

A Campanha SMS Estigma confirmou os resultados esperados demonstrando que a educação e, sobretudo, o contacto com a pessoa com doença mental contribui para uma visão menos estigmatizante, consciencializando para a aceitação.

Verificou-se, igualmente, um aumento do conhecimento dos jovens deste estudo no que respeita a sintomatologia associada às doenças mentais numa perspetiva intra e inter-sujeitos.

Programas e iniciativas anti-estigma, promovendo a educação e o contacto parecem pois, contribuir para diminuir estereótipos, preconceitos e comportamentos de discriminação face àqueles que sofrem doença mental, tal como sugerido nos estudos de Corrigan e Wassel (2008). Porém, importa realçar que as campanhas de curta duração não são suficientes para colmatar estas lacunas. Os impactos na redução do estigma são efetivos através de programas com a duração mínima de um ano, sendo fundamental alargar a campanha a vários grupos, incluindo profissionais de saúde. Para melhores resultados é necessário tornar o combate ao estigma uma realidade diária dos diferentes serviços públicos e privados (Sartorius, 2010).

Assim, percebe-se a pertinência da continuidade deste tipo de intervenções, aumentando a literacia, promovendo comportamentos mais inclusivos e uma deteção e intervenção mais precoce.


Referências Bibliográficas
Corrigan, P. W. & Wassel, A. (2008). Understanding and influencing the stigma of mental illness. Journal of Psychological Nursing, 46(1): 42-48 
Kelly, Jorm & Wright (2007). Improving mental health literacy as a strategy to facilitate early intervention for mental disorders. MJA, 187: 26-30. 
Link, Phelan, Bresnahan, Stueve & Persosolido (1999). Public conceptions of mental illness: labels, causes, dangerousness, and social distance. American Journal of Public Health. 89(9): 1328-1333.
Oliveira, S. (2005). A loucura no outro: um contributo para o estudo do impacto da loucura no profissional de saúde mental. Dissertação de Doutoramento em Psicologia. Faculdade de Psicologia e de Ciências da Educação - Universidade de Coimbra
Sartorius, N. (2010) Short-lived campaigns are not enough. Nature .  468: 163-165.
Schulze, Richter-Werling, Matschinger & Angermayer (2003). Crazy? So what! Effects of a school project on student’s attitudes towards people with schizophrenia. Acta Psychiatrica Scandinavica. 107: 142-150
Thornicroft, G., Brohan, E., Kassam, A. & Lewis-Holmes, E. (2008). Reducing stigma and discrimination: Candidate intervention. International Journal of Mental Health Systems. 2(3)



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